Ao longo da história da educação de jovens e adultos no Brasil, o improviso de professores sempre foi bastante marcante, na medida em que a maioria dos docentes da EJA não possui habilitação ou qualificação específica para atuar na modalidade. As principais implicações negativas deste improviso é o fato dos docentes não levarem em conta as características específicas do aluno adulto em processo de escolarização, fazendo uso de estratégias descontextualizadas.
Sem a devida qualificação, os professores passam a desenvolver a prática pedagógica ignorando as especificidades e peculiaridades dos sujeitos em processo de escolarização. Utilizam metodologias (técnicas, recursos e atividades) sem qualquer significado para os alunos-trabalhadores, desconsiderando o contexto e a historicidade desses sujeitos (MOURA, 2009, p. 46).
O vídeo abaixo, produzido pela Vunesp TV, exibe um debate em torno da formação (ou da sua ausência) de professores para atuar na EJA. No programa, a Profa. Silmara (Unicamp) e o Prof. Nonato Miranda (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), debatem os principais nós na formação inicial e continuada de professores da EJA.
Confira:
MOURA, Tania Maria de Melo.
Formação de Educadores de Jovens e Adultos: realidade, desafios e perspectivas
atuais. In: Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 5, n. 7, p. 45-72,
jun./dez., 2009.